sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

As porteiras da educação

Jaz em um descanso intelectual o espaço acadêmico no país. O que buscam as faculdades depois que abriram as porteiras da educação? Como pipocas na panela, estouram aqui e ali diversas escolas que juram ensinar disciplinas acadêmicas. No entanto, o que podemos observar são estruturas e profissionais despreparados para receber alunos e para instigá-los ao exercício do pensamento. E como quem grita "Quatropilhasumreal" vejo sorrateiramente no centro das grandes metrópolis diversas faculdades laçar alunos de outras por descontos de 25% no valor das mensalidades. Ora, pensei que os caça níqueis haviam sido proibidos... agora é só colocar a moeda e se leva o diploma.

A educação virou um leilão contrário: quem dá mais por menos. É como o lance da Sorte do Canal X. Quem acerta o menor valor, leva a renca de pessoas ávidas a uma cela especial na lotação carcerária do país – não vejo outro desejo se não este para alunos de algumas faculdades, já que estas não oferecem qualquer tipo de conhecimento, seja nas áreas a que se propõe um suposto ensino, seja no discorrer de assuntos relevantes à uma boa formação intelectual.

Sinto a boiada que inunda esses falsos centros acadêmicos. Com tal posicionamento, perdemos todos; mercado, por não receber profissionais à altura de suas necessidades; faculdades que realmente realizam bons trabalhos; professores, que ficam desestimulados com os alunos que tem; entre outras tantas questões. Espero que as autoridades que abriram as porteiras, percebam a tempo que o gado está disperso no espaço. E que ele apenas rumina.